segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O CIÚME



Descobri o ciúme. Um sentimento que intimida, incomoda, irrita. Um sentimento forte.

Não percebi antes porque fiz pra mim uma capa de superioridade, para proteger-me daquela força e daquela dor. Mas, nestes casos, ser superior enfraquece, e ser doida, incoerente e imprudente fortalece.

E como agora ele apareceu?!
Estando de mudança, mexo em coisas guardadas. Muitas não me interessam mais. Jogo fora. A tal capa uma delas. Descoberto, apareceu a fúria nos olhos, a posse ignorante, e esse remexido abusivo por dentro.

Disso, boas noites de sexo, uma aventura dentro do mesmo. Um frescor parecido com despedida, um ter momentaneamente o que se sabe não ser mais seu.

Volto pras ruas, visto-me, e lá está o ciúme. Foi assim que o descobri, quando conectei-me com o sentimento ébrio, quando sofri sabendo o que estava fazendo (e não é masoquismo!), quando acessei o supremo dom de ser humana!

Recomendo!


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