quinta-feira, 23 de setembro de 2010


Parta-se o mundo ao meio, e
Ficamos cada qual em uma metade
Os dois em suas órbitas particulares, parecendo tudo, mas faltando algo
Cada qual com o seu pertencer. Um conhece o sol, ao outro encanta a lua
Dormem, acordam, vestem-se, amam,
Combinam com outras pessoas, mas faltando algo

Não há cisão, de verdade
Foi um jeito que pensei ser possível te esquecer
Habitar o lado em que não existisses, acostumar-me sem a lua, como se nunca a houvesse conhecido
Pois de outro modo, faltando algo, nem sempre consigo dormir
À noite, vem um sonho louco e repetido de você ao meu lado, conversando, rindo, bebendo suco de laranja ao invés de cerveja

Acordada como estou, pergunto e procuro que parte minha cria essas visões, que parte fantástica que não é corpo, não é mente, não é parte que eu conheça, que faz essa confusão de verdade com fantasia. “A verdade é uma só!” – advertem-me. Volto a fechar os olhos, insistir que descansando passa, a verdade me mentiu de medo de nunca mais te ver e me deixou assim, querendo minha parte do mundo à vista, sem troco e sem saudade.
Um mundo que escreva amor com letras diferentes das que eu escrevi teu nome.

6 comentários:

  1. Bonito assim, sem ponto de pausa, apenas ponto final. Embora não seja argentina, aquele jardim de Palermo seguramente guarda um lugar para você, heheh :)

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  2. viu só Cla?! Roseral no começo, El Ultimo Beso no fim.. são as reminiscências argentinas.. bem que eu disse que seria assim.. hehe.. bjs,

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  3. Que o amor nos leve para para outros planetas e que de lá se possa contemplar lindas estrelas!!! Lindo texto, Silvana!

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  4. e que nos traga de volta, Morena, pra gente se divertir - amando! - por aqui! hehe.. bjs,

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  5. eu tenho amado exatamente desse jeito que vc descreveu...

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  6. paulinha, vamos juntar mundos ao invés de parti-los?! ps. sinto falta de comentar no teu blog.. bjs,

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