sexta-feira, 11 de dezembro de 2009



Na minha rua tem 2 eucaliptos. A caminho do ponto de ônibus, respiro eucaliptos! Entre eles, pessoas, folhas deles no chão, cocô de cachorro das pessoas mal educadas, meus suspiros e orações.
Aspiro tudo que consigo quando passo por eles.
O primeiro é meu pai, me abençoa; o segundo é meu irmão, me faz companhia até o fim do trecho das árvores.
Despeço-me e vou pro asfalto, disputar com as pessoas em lata. Concedo-lhes parte do meu território - a rua - que elas, embotadas em suas latas, julgam ser delas. Não é!
A rua é do cidadão enquanto pernas, não do de pedais.

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